Podcast Anime Destruction

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Game análise: Prototype 2.




Plataforma: Xbox 360, Playstation 3 e PC
Produção: Activision
Desenvolvimento: Radical Entertainment




Visual: 7,0
Jogabilidade: 8,0
Aúdio: 7,5
Diversão: 8,0
NOTA FINAL: 8,0




TRAILER




ANÁLISE


Se você ainda é virgem de Prototype, saiba que destruição e matança sem remorso são o nome do jogo. E quem compra o segundo título deseja mais disso tudo.
Agora você é um sargento chamado James Heller, e é justamente Alex Mercer (protagonista do primeiro) que te contamina com um vírus que lhe dá superpoderes. Lembra um pouco aquela viadagem de ser uma vítima do destino, de ter que carregar uma cruz, vingança e tramas corporativas. Aff, já vi isso.
Heller quer a vigança contra seu criador. Ele tem que tentar descobrir a cura do vírus Blacklight, que matou a sua família e está contaminando geral, transformando humanos em zumbis e fazendo surgir monstros gigantes que ameaçam ceifar a população da cidade de NY (sempre ela). Heller é um cão sem dono e já não tem nada a perder, mas Mercer sabe que toda essa fúria vai lhe servir no desfecho dessa trama.
Assim como em Prototype 1, você é o cara! Não tem ninguém páreo pra você, dar super saltos, subir em tudo quanto é lugar, causar muita explosão, arremessar carros, matar e mutilar multidões é default, e você precisa consumir biomassa (pessoas e criaturas) porque elas recarregam a sua energia. Quando Heller consome um humano, ele adquire a forma da vitima, e isso será necessário para andar camuflado e desvendar alguns segredos na trama.


Os produtores aproveitaram esse recurso de camuflagem para criar fases em que o protagonista deve realizar missões disfarçado como um soldado, e nem sempre poderá usar seus superpoderes para resolver a parada.
Existem momentos de ternura, como se disfarçar de uma velhinha japonesa e esfolar a cara do nego na calçada surfando sobre sua cabeça. Em Prototype é como se uma Pequim toda de gente estivesse à sua disposição para morrer, e o jogo é classificado como 18 anos, ou seja, vai ter muita namoradinha que bota coisa muito pior na boca falando “ai que horror esse jogo, q estúpido”.
Devido à liberdade de ir e vir e uma certa falta de linearidade, se você não quiser seguir o roteiro então pode cumprir pequenos desafios espalhados pelo mapa, ou simplesmente ficar causando o caos e o genocídio a esmo. Mas vai chegar uma hora que vai perder a graça ficar só destruindo, então o ideal é partir para as missões, porque sem elas não dá pra evoluir e ganhar novas habilidades.
O cenário do jogo ficou melhor. A cidade é mais pulsante e continua enorme, a ambientação ficou bem pitoresca com suas luzes de neon, a chuva ou um dia claro como um domingo no parque. O mapa lembra Liberty City, de GTA, porque é dividido em ilhas, e no decorrer da partida você vai liberando o acesso a elas. Cada uma tem uma característica diferente, como mais presença de tropas, mais humanos e mais humanos infectados.


Os efeitos gráficos em geral ficaram melhores e com menos travadas se comparados ao primeiro jogo. Os prédios estão menos repetitivos, muitos veículos, os humanos parecem mais naturais e têm algumas reações diferentes. Destaco algumas cenas em slowmotion criando um impacto visual bacana, mas no decorrer da trama você começa a ignorar um pouco essas coisas. O som, quando não se tem uma mulher em casa gritando no teu ouvido, tá muito bom, principalmente a profundidade e os detalhes dos efeitos sonoros. Há também alguns comentários engraçados de soldados e os palavrões, tudo com direito a legendas.
Mais uma vez, uma Nova Iorque apocalíptica será alvo de destruição, dor, caos e hashtags equivocadas


Heller vs Mercer


No começo senti falta dos poderes de Alex Mercer, porque já estava acostumado, mas conforme fui descobrindo e aumentando as habilidades, fui vendo o quanto a Activision gosta de mim. Porra, os poderes do cara continuam tão sádicos e sanguinários que não tem como tua tia ou irmã não ficar puta com você quando resolver jogar Prototype 2 perto da mulekadinha, e eles com certeza vão amar e você vai criar um conflito diplomático nos almoços de domingo da família.
Também simplificaram um pouco as sequências de golpes, em Prototype 1 havia mais variações. Mas fique tranquilo que, apesar disso, os golpes de massa crítica, as garras, os braços de faca Ginsu, punhos de martelo, tentáculos e os golpes treme-terra continuam. A interface para mudar de uma arma para outra mudou um pouco.


Mas pra compensar a simplificação de alguns golpes, os caras pensaram em truques novos bem bacanas, como plantar uma bio-bomb dentro de um homem e jogá-lo como um buquê de noiva espalhando o terror, ou evocar uns capetas anabolizados pra fazerem o seu serviço enquanto aprecia do alto de um prédio o caos que eles causam.
Aos poucos você vai colecionando um repertório imenso de habilidades. E se você não decora nem o número de tel. da tua mãe, não vai precisar ficar decorando todos os golpes. Alguns nem são muito eficientes, mas são uma abstração sádica bastante divertida. Todas essas armas e habilidades evoluem conforme se adquire pontos ou derrota e consome certos inimigos.
Outra novidade é que Heller terá um pulso de sonar para caçar alguns indivíduos, e isso também ajudará para conseguir cumprir algumas missões como invadir locais de forma furtiva.


Os veículos


Além de todo o poder que o protagonista possui, ainda terá a oportunidade de pilotar máquinas poderosas. O jogador terá que suar um pouco para adquirir as habilidades de pilotar os veículos militares, e isso é uma das coisas mais legais do jogo, pegar um tanque e ter a sensação de abrir fogo no meio da 25 de Março na semana do Natal é um sonho se realizando.
Se você tem o cromossomo Y no sangue, não terá muita dificuldade em dominar esses veículos, e isso será necessário porque muitas vezes será obrigado a cumprir missões seja pilotando um helicóptero ou dirigindo um tanque. Mas isso não é nenhuma novidade para quem já se cansou de esmerilhar o dedo em Prototype 1, a diferença é que Heller também pode arrancar e utilizar as “arminhas” desses veículos como um acessório para sair carregando pela rua.
Que tal pegar no braço um lança mísseis hellfire de um helicóptero e sair no mano a mano com o capeta? Ou arrancar metrancas gatling de tanques de guerra, parar no meio da rua e abrir fogo na tchurminha do bairro?


O verso do game deixa bem claro que a treta é forte. Larga a mão de meter o louco seu moleque e vire gente antes de querer curtir o quebra-quebra
Os inimigos
Apesar de ser uma fórmula batida, no jogo há muitos chefões, e eu godimais de chefões. Jogando em modo normal é relativamente fácil derrotá-los com as armas disponíveis ou golpes simples e esquivas, se você é pregão vai passar menos apuro aqui do que passou em God Of War. (Ainda bem que tinha as dicas do youtube, né não?).
Tem momentos que haverá um carnaval de inimigos sambando na tela e você lá no meio nem sabe se tá batendo ou se tá apanhando, a véi, desce o dedo.


Nem tudo são flores


Existem algumas falhas bestas, do tipo quando você consome um humano na frente de outros, eles sequer saem correndo, se fosse eu ali já teria me cagado todo e teria fugido.
Outro fato é que qualquer objeto que você atira em um blindado, por exemplo, gera um dano. Um travesseiro de pena de ganso vai gerar um dano, assim como arremessar uma vigota de aço. Também senti que o jogo ficou um pouco fácil jogando em modo “normal”.
Em Prototype 1 no final de cada fase havia um relatório dos danos causados, desde quantidade de mortes a prejuízos militares em $$, não achei esse recurso aqui, senti falta porque dessa forma o jogo te força um pouco a correr para as missões, sem um estímulo para ficar vadiando na rua e fazendo arte.
Eu já era fã de Prototype 1, e os produtores trouxeram melhorias e novidades para tornar mais divertida a arte de detonar tudo e causar o terror. Tá aí um jogo que me desestressa porque aqui posso ter o meu dia de fúria e depois voltar pro Draw Something e os batizados de criança totalmente zen.

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